Extravio

À noite, quando a casa dormia, escondida, ela escrevia poesias.

Dizia do que via nos dias, no vento, na chuva. Dizia do que sentia e não revela a mais ninguém.

Disse muito, sobre tudo.

Tanto, que virou palavras, perdidas nos cadernos, nas paredes, na terra solta do canteiro do jardim.

Ana Mello
Enviado por Ana Mello em 08/10/2007
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