O jogo
®Kate Weiss
Ela era uma mulher pequena, porém isso não quer dizer que fosse frágil; trabalhou muito, como alfabetizadora, até se aposentar. Esperou tanto pela aposentadoria para curtir com o marido as coisas boas da vida... Invariavelmente, às dezoito horas, eles faziam um lanche ao chegar do trabalho e depois iam para sala assistir televisão. Entre uma novela e outra, ela fazia algumas tarefas ali mesmo e passar roupas era uma delas. Agora eles estavam ambos aposentados.
- Ufa! - dizia ela - agora iremos sair por ai à noite e fazer outros programas...
Mas, não aconteceu como ela previu. Assim que se viu aposentado, seu marido mudou a rotina e começou a freqüentar o bar da esquina para jogar "snooker", de onde saía bem tarde da noite. Paciente, muitas vezes ela dialogou e pediu-lhe que não fizesse daquilo um vício.
Naquela noite, passou a novela das seis, a das sete, e a das oito (que na verdade era a das nove) e nada de seu marido voltar. Colocou sua melhor roupa, maquiou-se, perfumou-se e dirigiu-se ao bar. De onde apareceu tanta força ela não sabe! Ela se lembra apenas que segurou em um dos lados da mesa de jogo e
empurrou. Depois, muito calma e sem dizer uma palavra, dirigiu-se à porta, de onde assistiu os jogadores correndo rua abaixo, atrás das bolinhas. Ainda mais calma dirigiu-se para casa. Estava aposentada, precisava descansar.
***
®Kate Weiss
Ela era uma mulher pequena, porém isso não quer dizer que fosse frágil; trabalhou muito, como alfabetizadora, até se aposentar. Esperou tanto pela aposentadoria para curtir com o marido as coisas boas da vida... Invariavelmente, às dezoito horas, eles faziam um lanche ao chegar do trabalho e depois iam para sala assistir televisão. Entre uma novela e outra, ela fazia algumas tarefas ali mesmo e passar roupas era uma delas. Agora eles estavam ambos aposentados.
- Ufa! - dizia ela - agora iremos sair por ai à noite e fazer outros programas...
Mas, não aconteceu como ela previu. Assim que se viu aposentado, seu marido mudou a rotina e começou a freqüentar o bar da esquina para jogar "snooker", de onde saía bem tarde da noite. Paciente, muitas vezes ela dialogou e pediu-lhe que não fizesse daquilo um vício.
Naquela noite, passou a novela das seis, a das sete, e a das oito (que na verdade era a das nove) e nada de seu marido voltar. Colocou sua melhor roupa, maquiou-se, perfumou-se e dirigiu-se ao bar. De onde apareceu tanta força ela não sabe! Ela se lembra apenas que segurou em um dos lados da mesa de jogo e
empurrou. Depois, muito calma e sem dizer uma palavra, dirigiu-se à porta, de onde assistiu os jogadores correndo rua abaixo, atrás das bolinhas. Ainda mais calma dirigiu-se para casa. Estava aposentada, precisava descansar.
***