Lacustre Vórtice
Por toda dor que lhe existia, ele se matou. Com a droga vermelha e escura ele tirou a vida sem te olhar antes. À tudo tu te culpas à olhar o espelho embaçado do banheiro - berço dos contos contados por ele no papel. Te mete embaixo do cobertor para esconder-te da vergonha vagabunda. Tu o tiraste de tua vida!
Agora espera que ele volte, mas sabes que não irá, ele, regressar dos confins de cortes do norte, em um único paraíso onde ele poedria desejar, mas para ele não existia o paraíso. "O bom de não crer num paraíso é não ter de crer no inferno", era seu dito amado. Amor que o levou e fez do norte teu inferno. "Maldito!" tu gritavas sem saber que ele havia se encontrado nas casas grandes do norte, para ti ele morreu, mas para ele a vida estava tomando boa emoção e magnânima felicidade, já que os anjos que o acompanhavam tinham feições terrenas e beijos sombrios e imortais.
Sua eternidade, para ti , seria em desenvolvimento espiritual; para ele, em um sonho que não acabaria.
Intimamente ligado à morte dele estava o fato do carro, que o levou, levava àquela que o enamorava, nada secretamente.
Outra morte, filho e nora, mas que desgraça! Teu caçula e tua querida... mortos. Dor, paixão... Foram ao norte.