SOLIDÃO
Caminhava solitária pelas ruas da pequena cidade de geografia privilegiada. Era noite.
Ao olhar para o céu desnudo por entre imponentes palmeiras imperiais, admirou-se ao perceber que a sensualidade da lua eclodia através de intenso brilho prateado como que a convidar o astro-rei para a dança voluptuosa do amor.
Parou e deslumbrou-se com aquela obra de arte natural! Soprou um vento frio, encolheu-se.
Sentiu uma dor no peito que machucava sua carne, apertava o coração, varava seu cérebro e inquietava a alma. Compreendeu que aquela angústia tinha um nome: solidão.
Resolveu abrir as janelas do seu coração e esperar...