SOLIDÃO

Caminhava solitária pelas ruas da pequena cidade de geografia privilegiada. Era noite.

Ao olhar para o céu desnudo por entre imponentes palmeiras imperiais, admirou-se ao perceber que a sensualidade da lua eclodia através de intenso brilho prateado como que a convidar o astro-rei para a dança voluptuosa do amor.

Parou e deslumbrou-se com aquela obra de arte natural! Soprou um vento frio, encolheu-se.

Sentiu uma dor no peito que machucava sua carne, apertava o coração, varava seu cérebro e inquietava a alma. Compreendeu que aquela angústia tinha um nome: solidão.

Resolveu abrir as janelas do seu coração e esperar...

Selma Amaral
Enviado por Selma Amaral em 11/10/2005
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