a... acontecer
S, Já ontem pensei escrever, começo no dia seguinte: hoje. Faço-o como seja um conto, uma história razoavelmente real onde a realidade tem esta possibilidade de ter sido, estar a ser, ainda poder vir a ser. Imagino conhecermo-nos num café daqueles onde há uma tradição ligada à tertúlia, à palavra, à escrita, aos escritores. Entro como sendo um poeta e os teus olhos usam-me para eu te querer usar como musa, mutuamente lemos, um no outro, palavras por dizer as quais alimentariam este conto se eu pudesse transcrever o que escrevi num papel que pedi te fosse entregue.
A grande pausa dá-se neste ponto, o conto é mínimo. Resumo a minha intenção a um antes e um depois onde, no agora, tenho uma letra para o teu nome. A possibilidade de imaginar e dar a imaginar um encontro, ainda ténue. Tu simplesmente pedes para te associar ao sistema de mensagens, via Net, estabelecido pela presença imediata dum contacto que é como um encontro a nascer das palavras, como se estivéssemos a ser vistos a... acontecer.
Tecer esta teia, responder com o distanciamento dum conto, contar como uma história que já começou e se continua e ainda pode e deve continuar para continuar a... acontecer, a ter história. Dá, espero dê, uma história que interesse a quem a ler. Quanto a ti, espero que as palavras escritas se transformem em palavras ditas de modo a..., para as dizermos, nos encontrarmos.
O antes e o depois, nesta história, ficam juntos. Nós, os personagens da história, ficamos à espera, um do outro, que o outro nos leia. De permeio, cada leitor é o seu próprio personagem, cria a sua própria história. Da minha parte ainda anuncio, denuncio, prenuncio um desejo: S.