Os Harappa (parte 2)

Com todos os conflitos que ocorriam no Oriente Médio os vôos comerciais haviam sido interrompidos, mas não poupei esforços, então contratei um piloto para me levar ao meu destino num avião monomotor.

Eu já estava perdido em meus pensamentos quando sobrevoávamos a Espanha, tentava imaginar o que Leonora guardava para mim, eu não sabia ao certo o que esperar, mas já tinha algumas hipóteses montadas em minha mente. De qualquer forma eu conhecia Leonora a tempo suficiente para ter certeza de que ela não me faria vir de tão longe por algo simples. Ela era uma estudiosa assim como eu, então sabia muito bem com o que trabalhava.

Ainda vagando em meus pensamentos, quase não ouvi quando o piloto me disse que precisaríamos fazer um pouso antes do destino final, pelo que entendi o cancelamento de vôos também havia se estendido a vôos fretados. Com isso nós pousamos numa cidadezinha no interior da França, uma região rural, repleta de campos verdes.

Quando ainda esperávamos por mais informações no posto de controle, eu pude ver pela janela, três homens fardados subindo no nosso avião. Não eram os únicos fardados naquele posto de controle, mas comparando com os trajes dos oficiais ali, eu presumi que não fossem franceses. Relatei isso para Tadeus, meu piloto, então ele confirmou que, pelo que se lembrava, aqueles trajes eram de oficiais do Paquistão.