Meu primeiro amor
Minha inesquecível paixão de infância chamava-se Vívian.
Numa certa manhã de Outubro fui visitar, desta vez sozinho, o lugar onde fomos tantas vezes felizes!
À cada passo em nosso "jardim Secreto" sentia em minha lembrança o frescor das rosas em gotículas a bater suavemente em meu rosto marcado pelo tempo que estive ausente.
Aquele jardim era nosso paraíso particular.
Ali, às tardes enluaradas, longe de qualquer olhar curioso senão o meu, Vívian entregava-se à mim em beijos, carícias e longos gemidos...
Cada roseira deu-nos abrigo e testemunhou nosso amar perfumando-nos com suas pétalas.
Embora ainda tenros Vívian tinha mais vida que eu espalhada em seu largo sorriso-moreno e olhar-azul-encantador. Vívian era minha vida. Meu amor. Meu prazer. Meu sonho. Tudo era por Vívian.
O jardim continua perfeito: nós já não somos os mesmos.
O tempo gela as almas no esquecimento e conserva cicatrizes quase incuráveis: essa é minha dor pela falta de Vívian.
Preciso que Vívian me cure: ainda que chame-se Lúcia, Darlene, Ludimila, Nhayara, Juliana...
Canindé, CE. 03 de Outubro de 2005.