a bifurcação do horizonte
as insígnias do caminho não diziam nada mais do que realmente eram. ademais e na verdade, não diziam nada, por serem insígnias. mas os olhos prostrados, que lhe escutavam, emitiam a sensação afirmativa de que não havia matéria alguma do outro lado, em nenhum dos lados. as curvas que costeiam o grande ponto interrogativo e deixam que os anseios se aproximem para ver os significados líquidos explodirem nas ambivalências geológicas, faziam passear as palavras quase em diálogo lógico e a direção do espanto podia causar pequenos risos nas íris - os seres que carregam mais vida que os recipientes os quais são guardados podem conter. e em uma das miradas que se acertaram (e naturalmente se chocam o tempo ocular de um com o espaço visional de outro nestas ocasiões em que algum diz "olhe ali..."), recebeu na emoção mais física do estado sensitivo, o abraço contrário, esse que abre o ar viscoso de dentro pra fora e deixa um rastro ondulante ecoando que todas as margens são início. e o caminho sumiu fazendo-se ele próprio sob os pés que as insígnias encruzilharam