Gaiola
O menino ia correndo com o pássaro nas mãos, tropeçou e caiu de cara. Levantando-se atordoado, espanou o corpo e viu que arrancara o tampo do dedão. Não chorou de vergonha. E de vergonha correu para casa e se escondeu. Só depois de a mãe dar um banho no machucado com álcool e fazer o curativo é que deu falta do pássaro, que o observava preocupado, pela janela, do alto de um ipê florido.