Capitulação

Não sabia como aquilo tinha começado. Tampouco quando havia começado. Perdia-se na imprecisão dos pormenores – os papos eventuais que se estendiam, os olhares que se encompridavam, os sorrisos que se emendavam, ora sutis, ora abertos. Não devia, não podia. Até que... tal qual um vulcão adormecido, que de repente acorda, arremessando suas lavas a torto e a direito, assim, sem aviso aparente, deu-se a erupção, não deixando pedra sobre pedra. E ela, numa sensação de impotência, se entregou ao inevitável.