A poetisa d'além-mar

Ela escrevia muito bem. Escrevia com a alma, um texto denso, inquisitivo, que deixava o leitor meio tonto. Gostava de versos, versos sem rima, versos sucintos, que pareciam tirar sangue das palavras. Ela buscava algo, era o que dizia. Estava à procura de... O leitor não sabia. E, um belo dia, ela anunciou que se esgotava a razão pela qual escrevia. Assim como apareceu, sumiu. Não se soube mais dela.