Jogo sem sentido

Sentados numa mesa jogávamos um jogo incompreensível.

Ao meu lado estava a Tragédia, sempre triste, do outro, a Comédia, com seu típico sorriso zombeteiro.

E logo a minha frente, trajado de preto, estava o arrebatador Destino. Repleto de sarcasmo e ironia. Hora humilhava-me, hora chamava-me de tolo. Prendia-me. Aprisionava-me. E eu fazia todas as suas vontades.

Os dados rolaram. Um coração se partiu. Uma mente se perdeu. Alguém saiu ferido. Uma criança nasce e um adulto morre.

Qual foi meu terror ao perceber que eu não estava jogando. Eu era apenas mais um pobre peão.

Amanda Nunhofer
Enviado por Amanda Nunhofer em 11/05/2014
Reeditado em 25/12/2014
Código do texto: T4802595
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