Jogo sem sentido
Sentados numa mesa jogávamos um jogo incompreensível.
Ao meu lado estava a Tragédia, sempre triste, do outro, a Comédia, com seu típico sorriso zombeteiro.
E logo a minha frente, trajado de preto, estava o arrebatador Destino. Repleto de sarcasmo e ironia. Hora humilhava-me, hora chamava-me de tolo. Prendia-me. Aprisionava-me. E eu fazia todas as suas vontades.
Os dados rolaram. Um coração se partiu. Uma mente se perdeu. Alguém saiu ferido. Uma criança nasce e um adulto morre.
Qual foi meu terror ao perceber que eu não estava jogando. Eu era apenas mais um pobre peão.