O bilhete

Relaxadamente sentou-se no sofá, posicionou-se confortavelmente, retirou de seu bolso aquele pequeno e amassado pedaço de papel. Leu-o pela nona vez, naquela manhã. Beijou-o, emocionadamente, como se beijasse o autor de tão doces palavras. Há quanto tempo tinha guardado aquele bilhete? Por que o tinha encontrado somente agora? O papel, já amarelado, guardava reflexos de um passado distante e belo. Como tinham sido felizes! Havia recordações gravadas ali, naquela pequena carta amarelada e umedecida pela saudade que vertera de seus olhos... Que bom que o encontrara...