FREUD-SE

Quem pouco sabe de si, talvez saiba muito de muitas coisas: nunca saberá, contudo, de tudo no mundo.

Tampouco eu, que perseverei, falei outras línguas, amei o próximo como a mim, um suicida. Amei aos inimigos, não blasfemei, não julguei: tão pouco eu, aqui, ali, acolá.

Quando morrer, tudo o que restará são estes escritos, do nada, por nada, pra nada: rastros da inconclusão tanto da linguagem quanto da vida.