A mulher do vestido branco
A mulher, antes triste e apagada, acaba de ganhar um vestido longo, branco, resplandecente, agora está feliz, radiante.
Decidiu a qualquer custo manter o vestido branco, limpo, intacto, não aceitaria uma mancha sequer, mas morava em um vale onde a sujeira, a lama e o lodo dominavam, o solo era incerto, cheio de armadilhas mortais, a vegetação era feia e podre. Manter seu vestido branco seria uma missão quase impossível.
No primeiro dia usando o vestido e ela já desanimava, onde quer que encostava o vestido se manchava, mas ela logo se limpava. Descobriu que seria uma tarefa árdua, de muito cuidado e atenção, teria que vigiar a toda hora cada passo seu, cada lugar que sentava, e onde se deitava. Já estava cansada.
Ao longo de sua jornada descobriu um Rio de águas límpidas e cristalinas, onde se banhava todos os dias, seu precioso vestido branco agora brilhante mantinha. No entanto de vigiar não deixou, a cada dia atenta estava para de jeito nenhum deixar seu vestido manchar, mesmo sabendo onde encontraria o Rio que lhe tornaria a lavar e com suas águas purificar.
Feliz e contente ainda hoje ela está, mais limpa a cada dia com seu vestido branco. Ainda no vale sujo e traiçoeiro ela mora, mas nunca se deixará abater, seu vestido branco ela sempre ira conservar, pois mora perto do Rio e constantemente se renova.
"O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos."
Apocalipse - 3:5