o sinal

Foi ao banheiro onde se despiu diante de um espelho pendurado acima da pia. Com pincel, água e pasta fez nascer alguma candura espumosa sobre o rosto. Em paz ceifava a densidade negra da barba ao sabor da lâmina ávida de uma navalha, até se lembrar do que aquela mulher lhe disse pela manhã.

Por descuido, na verdade distração, ofendeu a pele com um corte de onde o sangue escorreu rubro e viscoso em tom de advertência. Fez uma careta de dor e Concluiu: mais do que alúmen, anti-séptico e esparadrapo, precisava mesmo era esquecer aquela desgraçada.

Den
Enviado por Den em 12/04/2007
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