O CASAL MAIS-QUE-PERFEITO

Terceiro ano de faculdade, quando eu julgava que mais nada de ruim pudesse acontecer na minha vida, os dois começaram a namorar. O casal perfeito. A menina que na verdade não ri, tem falta de ar e o cara mais-que-engraçado da sala, junto ninguém poderia detê-los.

Ele não sabia de nada, o cara era o meu camarada, trocávamos até soquinhos na hora do intervalo.

Ela sabia de tudo, e desde o ocorrido nunca mais trocamos nem dois palmos de palavras, trocamos na verdade dois ou três acenos durante o semestre.

Quando questionado sobre o namoro do casal mais-que-perfeito, dizia eu tolo e com a boca cheia: “não dura nem um mês, não dou nem um mês para ele trair essa tonta”. Minha mãezinha sempre me disse que eu não era tão bom assim com previsões.

O namoro durou um ano e meio. Isso até o casamento.