JANELA PERIGOSA, MURO BAIXO

A janela estava aberta. Cortinas dançavam sob a força da brisa. Não era outono, nem, tampouco inverno, mas, no parapeito da abertura, repousavam cachecóis e casacos de lã.

Sabia-se que a casa era habita por uma mulher, sabia-se, ainda, que a moradora era admirada por sua beleza e corpo, artisticamente, esculpido.

A janela estava aberta. Um grito, oco se ouve. A dona da casa sai à janela, olha para o jardim. As flores estão abauladas, sem conseguir ver quem dera aquele grito, fecha as janelas.

Dias depois, o número de internos do hospital aumentou, o muro da moradia sofreu alteração e no jardim, as flores cresceram, floridas e belas.