Antonio das Almas
Nascera defeituoso da alma. Fazia qualquer coisa por dinheiro. Matar era quase uma religião.
Nunca falhava, tampouco se ocupava em saber quem era a vítima. Mais uma empreitada. Dinheiro bom!
O mandante apenas dissera que a paga seria dobrada de valor com uma condição: que ele jurasse em público que faria o serviço sem antes conhecer o nome do encomendado.
Assim foi feito! Juramento prestado e o nome revelado.
Antonio das Almas, ele mesmo.
Arma apontada goela adentro, mão estendida cobrando. Dinheiro recebido e guardado. Gatilho disparado. Morreu rico e de alma limpa por nunca desonrar uma jura.