Ontem
Não poderia parir teus filhos, mas os cuidaria: filhos de amado, os amaria.
Não passaria a ferro tuas brancas macias leves camisas. Mas as cheiraria, muito, muito, e deixa-las-ia amassadas, como roupas de amante devem ficar.
Nunca te perdoaria a fuga, o refugo de outros lábios, o relutante retorno de além de outros corpos; ainda assim dormiria aconchegada a teu peito, entrelaçada em tuas pernas e sexo - e sonhos... como quem vai, um dia, ser.