RASCUNHOS
Caminhei por toda manhã até chegar ao alto desta montanha.
Todo o sacrifício do caminho, todos os obstáculos, valeram por demais!
Nesse princípio de tarde da primavera, tudo é muito perfeito visto daqui.
Quão pequena sou diante da Natureza!
Sou uma mera visitante milenar dessa paisagem!
Inspiro profundamente e fecho os olhos,
retenho o folego,
suspiro calmamente enquanto os lábios sorriem.
Temo por acabar a tinta da memória
e que num futuro muito distante,
nas lembranças amareladas pelo tempo,
toda esta paisagem se dissipe!
Preciso estar atenta para nunca me perder de mim!
Um dia, quero que o meu agora saia do rascunho,
que eu possa de verdade por em prática
tudo que ando aprendendo por aqui...
Quero me sentir feliz simplesmente por estar viva!
Eu vou sempre querer ESTAR VIVA, para ESTAR FELIZ!
Penso que a energia do sol invade por todos os meus poros!
Que transpiro Luz e calor em agradecimento
a todas essas cores vibrantes que me rodeiam...
Uma borboleta pousa em minha saia e suas asas dançam para mim!
Permaneço sentada e imóvel: não quero que ela se vá!
Seu mosaico é perfeito! Acho que ela, vaidosa, sabe disso!
Nós já fomos lagarta!
Metamorfoseamo-nos, morremos na nossa forma,
estagiamos no casulo e renascemos com asas para voar!
Ela me olha enquanto dou uma gargalhada:
É o sol!...
Ela pousa agora na caneta, e enquanto escrevo essas linhas,
abre e fecha suas asas...
desenhos iguais, que se casam quando se fecham...
Voa!...
Olho para o horizonte que se perde no infinito:
Estou aprendendo a voar!
Não preciso ESTAR para IR!...
Estarei aonde quiser, desde que queira estar!
Estou naquela nuvem solitária que mancha o céu azul!
Estou naquela cachoeira que tenho nadado nos últimos meses,
estou no futuro presente que escrevo,
estou neste passado rascunhado, um dia no futuro,
estou... ah... eu estou... simplesmente
FELIZ!
Mundo, primavera de um ano vivido.
N.H.: Meu "eu" do futuro: não se esqueça que não precisa de NINGUÉM para ser FELIZ! Por favor, não desaprenda a voar! Faça isso por mim! Estarei aqui, em algum lugar da sua memória...
N.H.: Não desaprendi a voar! E me mantenho FELIZ independente de ALGUÉM! Olhando para trás, lendo suas memórias amareladas pelo tempo, ainda visualizo a SUA montanha, a SUA borboleta e choro!... Obrigada pelos RASCUNHOS, TODOS! "Foi" a SUA sabedoria que "faz" de mim, uma GUERREIRA! Minhas reverências CIGANA, FILHA DO VENTO!
Mundo, inverno de 2012.
Caminhei por toda manhã até chegar ao alto desta montanha.
Todo o sacrifício do caminho, todos os obstáculos, valeram por demais!
Nesse princípio de tarde da primavera, tudo é muito perfeito visto daqui.
Quão pequena sou diante da Natureza!
Sou uma mera visitante milenar dessa paisagem!
Inspiro profundamente e fecho os olhos,
retenho o folego,
suspiro calmamente enquanto os lábios sorriem.
Temo por acabar a tinta da memória
e que num futuro muito distante,
nas lembranças amareladas pelo tempo,
toda esta paisagem se dissipe!
Preciso estar atenta para nunca me perder de mim!
Um dia, quero que o meu agora saia do rascunho,
que eu possa de verdade por em prática
tudo que ando aprendendo por aqui...
Quero me sentir feliz simplesmente por estar viva!
Eu vou sempre querer ESTAR VIVA, para ESTAR FELIZ!
Penso que a energia do sol invade por todos os meus poros!
Que transpiro Luz e calor em agradecimento
a todas essas cores vibrantes que me rodeiam...
Uma borboleta pousa em minha saia e suas asas dançam para mim!
Permaneço sentada e imóvel: não quero que ela se vá!
Seu mosaico é perfeito! Acho que ela, vaidosa, sabe disso!
Nós já fomos lagarta!
Metamorfoseamo-nos, morremos na nossa forma,
estagiamos no casulo e renascemos com asas para voar!
Ela me olha enquanto dou uma gargalhada:
É o sol!...
Ela pousa agora na caneta, e enquanto escrevo essas linhas,
abre e fecha suas asas...
desenhos iguais, que se casam quando se fecham...
Voa!...
Olho para o horizonte que se perde no infinito:
Estou aprendendo a voar!
Não preciso ESTAR para IR!...
Estarei aonde quiser, desde que queira estar!
Estou naquela nuvem solitária que mancha o céu azul!
Estou naquela cachoeira que tenho nadado nos últimos meses,
estou no futuro presente que escrevo,
estou neste passado rascunhado, um dia no futuro,
estou... ah... eu estou... simplesmente
FELIZ!
Mundo, primavera de um ano vivido.
N.H.: Meu "eu" do futuro: não se esqueça que não precisa de NINGUÉM para ser FELIZ! Por favor, não desaprenda a voar! Faça isso por mim! Estarei aqui, em algum lugar da sua memória...
N.H.: Não desaprendi a voar! E me mantenho FELIZ independente de ALGUÉM! Olhando para trás, lendo suas memórias amareladas pelo tempo, ainda visualizo a SUA montanha, a SUA borboleta e choro!... Obrigada pelos RASCUNHOS, TODOS! "Foi" a SUA sabedoria que "faz" de mim, uma GUERREIRA! Minhas reverências CIGANA, FILHA DO VENTO!
Mundo, inverno de 2012.