O Pirata e a Sereia
A embarcação avançava rapidamente em um entardecer do Mediterrâneo. Os piratas de olhares perdidos nos horizontes, desejavam se alimentar e saciar a sede que desanima.
O grande objetivo da expedição era justamente um tesouro enterrado. Um importante rei escondeu de saqueadores.
John era o mais novo da tripulação, esfregava os olhos lacrimejados e fracos, descuidados de qualquer miragem. Encarava o horizonte em busca de algo na vertical.
Num instante, um sussurro ganhou som e uma voz ganhou uma vida.
Os olhos fracos de John – agora estão no poder! Procurava no mar a origem desta voz.
Algo e algas se manifestam nas ondas. Uma moça? Uma miragem? Uma paisagem?
A ela sobe nas pedras. E aprisiona os olhos fracos do novato pirata, que se deixa aprisionar.
Sua calda musgo permanece, como uma mão que chama. E o pirata, não tem forças. Mas consegue caminhar.
Ela tinha uma voz sedutora que consumia a consciência. O que ele lembrava, era que amava aquela mulher, de tal forma que não importava pensar.
Caiu no mar.
Envolvido pelo conforto dos braços da moça que o beijava.
John, amou.