Diário da ceifadora
Olá, querido folgário. Faz tempo que eu não tenho escrito em você, não é? É...os humanos não estão dando muita trégua ultimamente...eles tem uma mania esquisita de morrer. Você vai achar o caso de hoje esquisito, mas como é muito inusitado, pequeno (estou mesmo sem tempo) e curioso, será esse mesmo que será escrito. Visitei um garoto uma vez. Garoto anormal como todo mundo que acha que é anormal. Preferências exóticas, e vivia agarrado com o tédio. Mas disse ele quando fui visitá-lo que até que não era muito chegado a abraçar pessoas, mas uma vez isso foi incrível. E que era difícil isso acontecer, e que na verdade, ele só tinha sido abraçado de verdade uma vez. As suas últimas palavras foram "eu me senti vivo...ela era mais baixa que eu e dizia odiar abraços...chegou a dizer que eles doíam, mas...quando ela...quando ela ficou na ponta dos pés e me abraçou eu senti como se toda a tristeza do mundo tivesse...simplesmente...sumido...". Talvez os humanos se sintam vivos relembrando coisas que os façam ter se sentido vivos, mesmo quando vou visitá-los...será que os humanos se sentem vivos por que se juntam uns aos outros no tal do...abraço? Não que eu me importe com eles, mas...humanos são até interessantes.
A Ceifadora.