A QUEDA NO GERADOR
O nosso curso de técnicos em Usinas Hidrelétricas era constituído de duas etapas, a parte teórica e o estágio em Usinas. A mim coube estagiar em Furnas – MG. Quando lá chegamos, um gerador entraria em manutenção corretiva, pois um anel de vedação da turbina havia se rompido. Após a parada daquela máquina, passou a mesma a ser desmontada para ser corrigido o defeito apresentado e, na oportunidade, foi feita uma manutenção geral desta máquina. Lembro que eram muitos envolvidos, por volta de cinqüenta funcionários entre mecânicos, eletricistas e alguns estagiários.
Na desmontagem do gerador, um dos momentos mais cuidadosos foi tirar o rotor do gerador, pois este não poderia ter contato nenhum com o estator. Como a altura para que se descesse no poço do gerador era grande, foi colocado ali uma escada e na ponta desta foi colocado um pano para proteger o estator contra danos que esta pudesse provocar, pelo seu contato.
Certa vez, subi para buscar uma chave de boca e esta situação nunca mais esqueci, pois quase me custou a vida. Ao começar a descer pela referida escada, quando coloquei o pé no terceiro degrau fui me segurar e o pano que ali havia sido colocado me impediu de encaixar a mão para que eu me segurasse. Passei então a, em queda livre, cair de costas, com destino a morte, pois há muitos metros abaixo havia equipamentos do gerador, pontiagudos, onde ali eu me estatelaria, com certeza, sem chances de sobreviver.
Mas, a mão de Deus me amparou, quando caia. Havia uma tábua de 30 cm por 1 polegada e nela bati com o cóccix e esta me jogou para frente, me catapultando. Como minha consciência não existia mais, um funcionário ali colocado por Deus, me segurou e dali fui levado novamente para cima, sem saber o que estava acontecendo. Fiquei hospitalizado por alguns dias para recuperar a dor que sentia em minha coluna. Não sei se ficaram seqüelas, mas desta queda nunca esqueci.
Concluo achando que aquela ainda não era a minha hora de partir deste mundo.
http://br.geocities.com/valterschaffel/
O nosso curso de técnicos em Usinas Hidrelétricas era constituído de duas etapas, a parte teórica e o estágio em Usinas. A mim coube estagiar em Furnas – MG. Quando lá chegamos, um gerador entraria em manutenção corretiva, pois um anel de vedação da turbina havia se rompido. Após a parada daquela máquina, passou a mesma a ser desmontada para ser corrigido o defeito apresentado e, na oportunidade, foi feita uma manutenção geral desta máquina. Lembro que eram muitos envolvidos, por volta de cinqüenta funcionários entre mecânicos, eletricistas e alguns estagiários.
Na desmontagem do gerador, um dos momentos mais cuidadosos foi tirar o rotor do gerador, pois este não poderia ter contato nenhum com o estator. Como a altura para que se descesse no poço do gerador era grande, foi colocado ali uma escada e na ponta desta foi colocado um pano para proteger o estator contra danos que esta pudesse provocar, pelo seu contato.
Certa vez, subi para buscar uma chave de boca e esta situação nunca mais esqueci, pois quase me custou a vida. Ao começar a descer pela referida escada, quando coloquei o pé no terceiro degrau fui me segurar e o pano que ali havia sido colocado me impediu de encaixar a mão para que eu me segurasse. Passei então a, em queda livre, cair de costas, com destino a morte, pois há muitos metros abaixo havia equipamentos do gerador, pontiagudos, onde ali eu me estatelaria, com certeza, sem chances de sobreviver.
Mas, a mão de Deus me amparou, quando caia. Havia uma tábua de 30 cm por 1 polegada e nela bati com o cóccix e esta me jogou para frente, me catapultando. Como minha consciência não existia mais, um funcionário ali colocado por Deus, me segurou e dali fui levado novamente para cima, sem saber o que estava acontecendo. Fiquei hospitalizado por alguns dias para recuperar a dor que sentia em minha coluna. Não sei se ficaram seqüelas, mas desta queda nunca esqueci.
Concluo achando que aquela ainda não era a minha hora de partir deste mundo.
http://br.geocities.com/valterschaffel/