O Velho Escritor dentro de mim;
Velho, corcunda, ranzinza, com seus óculos escorregando na face oleosa. Cadernos e folhas soltas se espalhavam, junto com os textos escritos no próprio celular ou no computador. Canetas, lápis, lapiseiras e até canetinhas coloridas circulavam o material. O velho se mantinha firme e forte, desde a infância, até um dia próximo ao hoje.
Por algum motivo, ele começou a aparecer menos, sentir menos, escrever menos. As folhas, as canetas, e, principalmente, a criatividade, foram corroídas pelo tempo. Pela falta dele.
Sentimentos começaram a vazar, confundindo-se e misturando-se com os pássaros da janela. Indo e vindo. Não voltaram mais.
A luz da razão tomou conta da inspiração. O Sol se pôs e não surgiu no horizonte, a lua também não me veio visitar. A escuridão não é nada inspiradora.
Cadê?
Meu velho escritor dentro de mim se foi.
E ele faz falta.