Aceitação

Pegou o mesmo ônibus que dias atrás a levava para a casa dele. Sentou-se no mesmo assento que antes ele sentava ao lado dela, e ao olhar pela janela lembrou-se de todas as vezes que estiveram juntos naquele trajeto.

Chorou.

Não por amor, mas nostalgia. Saudade de um amigo que perdeu e na crença da eternidade. Porém, das lágrimas dos primeiros meses de ausência sobrou um leve sorriso amargo. Lembrar foi atenuado pelo tempo. Mesmo que entre névoas, tudo permanecia.

Relembrou a história, sem evitar.

Reviveu e reconstruiu um sentimento que seria eterno se não fosse a vida e seus tropeços. Sentiu o valor do tempo.

Então aceitou.

Halina
Enviado por Halina em 01/08/2011
Reeditado em 08/08/2012
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