Cinquenta anos depois.
Quando a menina tornou a tocar o interfone aqui de casa e saiu correndo, eu me lembrei da velha máxima: “Aqui se faz aqui se paga”.
É verdade; mesmo que demore cinquenta anos.
O meu marido perguntou: “E você não se aborrece com isso?”
Contei a ele, que quando eu era criança fazia o mesmo na casa da dona Encarnação, a única vizinha que tinha campainha.