DA RELATIVIDADE DO TEMPO...
Ele vinha, já senil e meio combalido, pela primeira vez a procurar a ajuda do doutor João.
Tossia de trepidar a alma, até de quem estivesse um pouco mais distante.
-Bom dia seu José, preciso de algumas informações de sua vida. O senhor fumou?
-Fumei sim, seu doutor.
Aquele verbo fumar no"tempo" passado parecia contentar o doutor.
-Ah sim, e quanto?
-Um cigarro.
-Há quanto tempo?
-Há vinte minutos...mais ou menos, seu doutor.
Naquele momento percebi que o doutor João aprendeu o quanto nossos tempos são relativos.
Verídico.