O lobisomem...
Era de dia, e era de noite, tudo se ouvia, tudo correspondia, e nada era diferente do convencional. Naquela cidade mineira, bem escondidinha do trivial. Sempre meia-noite, sempre.
As crianças já sabiam, e corriam sempre para a cama, antes de tudo acontecer, com precisão britânica, os pais, também, geralmente, se dava aos sextas-feiras, mas o medo reinvava todo dia, e toda noite.
Os homens pecadores, carregavam na testa o nome lobisomem.
Eles temiam áquele justiceiro de Jabaraú, e sua sanha por vingança.
Ele não perdoava, nem mulheres. Ele fazia seu trabalho, e nenhuma polícia, podia com Ele. Ele não temia corrupção de espécie alguma.
Por isso era meio-lobo, ele uivava seus motivos de dia, e de noite.
Naquele dia de domingo, ele resolveu atacar dois jovens que tinham surrado um idoso, há uma semana, não ficou nem os olhos dos dois mineirinhos...o lobisomem de Jabaraú os engoliu.