O lobisomem...

Era de dia, e era de noite, tudo se ouvia, tudo correspondia, e nada era diferente do convencional. Naquela cidade mineira, bem escondidinha do trivial. Sempre meia-noite, sempre.

As crianças já sabiam, e corriam sempre para a cama, antes de tudo acontecer, com precisão britânica, os pais, também, geralmente, se dava aos sextas-feiras, mas o medo reinvava todo dia, e toda noite.

Os homens pecadores, carregavam na testa o nome lobisomem.

Eles temiam áquele justiceiro de Jabaraú, e sua sanha por vingança.

Ele não perdoava, nem mulheres. Ele fazia seu trabalho, e nenhuma polícia, podia com Ele. Ele não temia corrupção de espécie alguma.

Por isso era meio-lobo, ele uivava seus motivos de dia, e de noite.

Naquele dia de domingo, ele resolveu atacar dois jovens que tinham surrado um idoso, há uma semana, não ficou nem os olhos dos dois mineirinhos...o lobisomem de Jabaraú os engoliu.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 20/03/2011
Código do texto: T2859520
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