O DIÁRIO DA MADRE SUPERIORA
Madre Benigna era o horror do internato. Como era brava! Não perdoava nada e castigava severamente as menores faltas. Por cobrar tanto, sem perdoar nunca, imaginávamos que fosse síntese da perfeição, ou melhor, uma santa. Mas... nesse mundo nada fica escondido. Por uma obra do acaso, destino, deixou seu diário à vista, no seu quarto. A arrumadeira, um tanto abelhuda, resolveu dar uma espiada. Um horror! Deus meu, como pode uma mulher tão rígida ter tantos pecados! Contava de sua vida antes de ser freira, como namorou, beijou e ... complementou. A bendita tinha até praticado um aborto! Sofreu muito! Foi abandonada pelo homem que amava. Depois de tanto sofrimento e desilusão resolveu ir para o convento. Estava arrependida? Isso perguntaram as alunas para a arrumadeira que lera o diário. – “Parece que não,” foi a resposta. Está é revoltada e, ainda... (isto é muito sigiloso) tem encontros amorosos com o padre que freqüenta nosso colégio.