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A PORTA FECHADA
Pensou duas vezes antes de decidir; era muito difícil, quase impossível. Contou até dez; como em um filme, repassou a vivência desastrosa ao lado daquele homem. Não era ele – era ela. O que doía mesmo era a dependência nociva daqueles raros encontros, precedidos de espera doentia. Jamais tivera o poder de decisão, mas precisava encontrar forças – era agora ou nunca!
O toque insistente da campainha – duas horas após o combinado – tirou-a daquele turbilhão de pensamentos. Com inusitada calma, abriu a porta – apenas uma fresta – estendeu uma das mãos e disse-lhe:
- Passe-me sua chave; o amor acabou; até nunca mais!