Consolo
"Você não me ensinou a te esquecer." Engulo o erro de concordância, a melodia se espalhando pelo carro, penetrando-me pelos poros, coração adentro. "Você não me ensinou a te esquecer" – a frase sorrateira não me deixa, me cobrindo com um véu de melancolia. Mudo de rumo, enveredo para a casa em que um menininho me espera sorridente. Ele me pega pela mão e me escancara um mundo em que me insinuo. E ali me perco, com gosto.