ASFIXIA
A manhã tinha uma luz surreal, a janela, testemunha de uma noite longa e quente ficara aberta, Resignaldo, ficara até tarde na boemia, mas era um rapaz trabalhador, as 06:30 min. já estava em pé, fosse a que horas tivesse ido dormir.
Esfregou os olhos, fez a sua analise do dia olhando pela cortina, e quando o vento bateu nela pode ver o azul fantástico daquela sexta feira.
Tinha tantos planos para aquele dia de folga, ir ao shopping comprar umas meias e camisetas e quem sabe se tivesse cuecas também daria uma olhada, iria com certeza na casa da namorada de manhã, ela não trabalhava e estaria sozinha , pensou que aproveitaria o máximo aquela manhã, e o fez, fazendo com que ela fosse curtíssima.
Almoçou na lanchonete em que estava acostumado, e observou logo depois que a tarde seria espetacular como a manhã, mas lá no horizonte nuvens rabo de galo (cirrus), já avançavam sobre a cidade, mais à tarde, na boca da noite talvez chovesse, afinal era verão.
Desceu quase 1 kilometro até uma pracinha e como fosse fissurado por maçã do amor, chegou numa banquinha de guloseimas e pediu uma e foi sentar-se a margem do lago atrás de umas folhagens, gostava daquela privacidade.
Já havia comido metade da maça, quando ao mastigar um pedaço sentiu travar alguma coisa em sua garganta, era um pedaço do palito da maça que no ímpeto de deglutir não percebera e lhe arrancou um pequenino pedaço, o suficiente para travar na sua garganta impedindo-o de gritar e logo depois desmaiar, e com a insuficiência de oxigênio no cérebro, ali sozinho naquele lugar solitário, morrer.
Resignaldo achava aquele seu dia de folga, perfeito para tudo...