Contos do eremita: Espectro do tempo.
Acredito nos que dizem que sonhos são viagens. Viajo muito, porém não viajo, permaneço no mesmo lugar. E em uma das viagens andei. Andei por um túnel sem fim, com listras de Yang e Yin. Listras largas e estreitas, listras brancas e pretas, listras também sem fim. E quando me dei por mim, encontrei o que não procurava. Ou talvez seja melhor dizer que ele veio até mim. "Eu sou o espectro do tempo". Foi o que disse... a forma incorpórea do tudo e nada, criado, mas também criador, o regente do uno supremo. E aí acabou meu tempo. O espectro acabou para mim, talvez ele volte quando for necessário, isso só ele e o uno supremo sabem. Enquanto isso, continuam as viagens.