O jornaleiro
Todas as manhãs chegava ele com sua moto, e colocava o jornal no lugar apropriado lá no meu portão.
Muitas vezes, brincava com as minhas cadelinhas, e elas fingiam
querer morder seu pé.
Então saia ele com seus cabelos louros ao vento e o capacete no braço.
- Por que no braço, perguntei a ele.
- Para que a polícia não me pegue, detesto o capacete.
Ontem, como sempre ele veio, depositou o jornal no lugar, e coincidentemente eu estava no portão, me cumprimentou, disse que estava com pressa e não brincou pela primeira vez com as minhas "filhotinhas" que vieram decepcionadas ao meu encontro.
Despediu-se, e com os cabelos mais uma vez ao vento, se foi...
O barulho que ouvi a seguir foi infernal, bateu no meu estômago
como se eu tivesse levado um soco, o jornal caiu-me das mãos.
Ele já não precisaria usar o capacete...nunca mais !
***
Com som no site:
http://www.kateweiss.art.br/visualizar.php?idt=248153
Todas as manhãs chegava ele com sua moto, e colocava o jornal no lugar apropriado lá no meu portão.
Muitas vezes, brincava com as minhas cadelinhas, e elas fingiam
querer morder seu pé.
Então saia ele com seus cabelos louros ao vento e o capacete no braço.
- Por que no braço, perguntei a ele.
- Para que a polícia não me pegue, detesto o capacete.
Ontem, como sempre ele veio, depositou o jornal no lugar, e coincidentemente eu estava no portão, me cumprimentou, disse que estava com pressa e não brincou pela primeira vez com as minhas "filhotinhas" que vieram decepcionadas ao meu encontro.
Despediu-se, e com os cabelos mais uma vez ao vento, se foi...
O barulho que ouvi a seguir foi infernal, bateu no meu estômago
como se eu tivesse levado um soco, o jornal caiu-me das mãos.
Ele já não precisaria usar o capacete...nunca mais !
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