O GRITO
Naquela pacata cidade do interior, numa segunda feira, já perto do amanhecer a escuridão ainda predominava. A noite estava gelada e sombria. O frio era cortante. Pesadas nuvens cobriam o céu.
Nenhuma estrela, a escuridão era quase total. Todos ainda dormiam.
Um vento gelado balançava as árvores assobiando. De repente um grito agudo, bem alto varou o espaço. Vinha não se sabia de onde.Luzes se acenderam em diversas varandas. Um murmurinho geral tomou conta do ar. Janelas se abriram. Portas se abriram.
Passados alguns instantes surgiu um vulto no final da rua balançando de um lado para outro. Novamente aquele grito. O próprio ar parecia tremer.
P A D E I I I I I I I I R O