Ampulheta

Olhou para o relógio, meio dia em ponto.

Em meio as buzinas e a hora do rush, o sol lhe ardia nos olhos, pensou em gritar, mas já não era capaz.

Detestava esse ritual, o barulho, o sobressalto, e a comida que sempre embrulhava o estômago, detestou até sonhar alto.

Coçou a cabeça, olhou para trás .

Percebeu que a vida é uma ampulheta, e o que foi não retorna jamais.

Somos como borboletas

Metamorfoseando entre o que será e o aliás...

Janaina Cruz
Enviado por Janaina Cruz em 18/08/2010
Código do texto: T2445270
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