Ampulheta
Olhou para o relógio, meio dia em ponto.
Em meio as buzinas e a hora do rush, o sol lhe ardia nos olhos, pensou em gritar, mas já não era capaz.
Detestava esse ritual, o barulho, o sobressalto, e a comida que sempre embrulhava o estômago, detestou até sonhar alto.
Coçou a cabeça, olhou para trás .
Percebeu que a vida é uma ampulheta, e o que foi não retorna jamais.
Somos como borboletas
Metamorfoseando entre o que será e o aliás...