Imagens do inconsciente.
Destine ardia em febre. Naquele dia sentia-se tão debilitada que se a morte a tivesse arrebatado, ela não teria percebido.
Lembrou-se do fio de prata que acreditam ligar os humanos ao imponderável. No seu delírio o viu e esse lhe pareceu muito frágil.
Mesmo assim, a moça não teve medo. Não gostou, porém, de revisitar os bosques e becos por onde caminhou no passado e de onde agora, lhe vinham nítidas revelações e que ela, se pudesse, teria preferido continuar a ignorar.
Por vinte dias, Destine se viu envolta em espessas nuvens e, às vezes, acordava em sobressalto com as roupas totalmente molhadas de suor.
Quando finalmente sarou, agradeceu à Vida pela oportunidade de amadurecer um pouco, após os longos dias de recolhimento obrigatório onde aprofundou em reflexões seguidas de sonhos, que a colocaram face a face com as imagens do seu inconsciente.