Morangos
Ele estava deitado em sua cama, aquecido pelas cobertas e longe do frio que asolava lá fora. Estava tomado por aquela tristeza. Seu coração mal batia e sua garganta estava seca. Se pelo menos lágrimas lavassem toda aquela sensação horrível, mas elas não vinham. A dor era intensa, pois nem ao menos conseguia exteriorizá-la. Solução alguma aparecia em sua mente.
Então, ele desejou como nunca por um sinal, um sinal dos céus; um sinal divino, um sinal do bem. Pediu perdão por toda situação que havia acontecido.
Como em uma canção, uma voz doce e meiga lhe disse:
- Compre morangos, e me espere. Vejo você amanhã.
Tudo mudou, inspirou-se, alegrou-se de maneira tal, que queria gritar a plenos pulmões. Era um sentimento único e puro; simbolizado pelo vermelho, assim como morangos.