UM BÊBADO QUALQUER*
Bebia seu trago na porta do botequim quando viu, em procissão, uma Nossa Senhora passar no andor com seu vestido rosa e o manto verde. Tomou um pito do padre quando, inadvertidamente, gritou: "Olha a mangueira aí, gente!"
Aquilo não era Carnaval nem desfile de escola de samba, mas, pimba!, a santa bateu na árvore e se quebrou toda.
Com os olhos baços, tomando os últimos goles, murmurava: "Não querem me escutar. Tem que cortar o galho dessa mangueira."
*[repetindo histórias cariocas]