O EDREDOM

Romanticamente, ele pegou as mãos dela e numa delicada curvatura da coluna, beijou uma e depois a outra!
Ela , automática como uma máquina de lavar louças, apenas afastou seus lábios numa ação quase preventiva.
Ele apaixonado, fingia que não via, a estupidez da máquina desligada da energia.
Dia após dia, ela inventava um modo de silenciar...
Até que ele, percebendo a necessidade de calor, simplesmente saiu naquele dia, sorrateiramente, em silêncio e cabisbaixo.  Foi comprar um edredom!
 
 
 
 
Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 13/06/2010
Reeditado em 14/06/2010
Código do texto: T2318102
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