(...) Ter dado certo.
Ela sabia que aquilo nunca poderia ter dado certo. Sentado ao seu lado eles ficavam em um longo e desconfortável silêncio que os dois sabiam o que representava: o passado. Constrangedor, mas só até o momento de ele respirar fundo e começar a soltar algumas tímidas palavras dirigidas a ela:
- Nós nunca poderíamos ter dado certo, não é?
- É, acho que sim.
- Você é muito poderosa. Sempre teve o mundo nas mãos...
- Pode ser, mas deixei você escapar por entre meus dedos.
- Seu erro não foi esse, porque eu nunca fui areia.
- Então qual foi?
- Se preocupar em ter o mundo todo e não se contentar quando só tinha à mim.