BLASÉ

Eu chego, e ela prontamente me ataca com o olhar. Todos notam, e seria absurdo se não notassem. Cabelo novo, uma cor que há tempos procuro decifrar, copo de cerveja na mão esquerda, até a metade. Lábios molhados troca de olhares e exibicionismo facial, permaneço imóvel e na mão um copo de tônica.

Ela caminha na minha direção e ela sabe que eu não posso, não no meio de tanta gente. Um beijo no canto dos lábios, um abraço jeitoso de 5 segundos, ela pega a minha mão e me arrasta para o meio da multidão, e olha com desdenho para a amiga lésbica da minha namorada. Tenho certeza que essa cretina queria participar da orgia, não engulo o jeito que ela me olha, as conversas longas e principalmente as visitas semanais ao meu orkut.

Chegamos. O quarto é da mãe da dona da festa, cama de casal, suíte, travesseiro de plumas, e ainda uma garrafa de vodca no criado mudo. Me joga na cama, mal tenho tempo de fechar a porta.

Ela por cima, beija o meu pescoço, tira a minha camiseta, desabotoa a minha calça. Ela é do tipo de mulher que gosta de ser dominada, tiro a sua roupa e a coloco de quatro, ela não resistiu, suspira e pede mais força, e eu claro que atendo.