João e Maria (da pracinha)

João abre às janelas todas as manhãs para ver Maria passear pelo vasto jardim da pracinha.
Maria todas as manhãs levanta-se cedo, ela cuida dos afazeres e sai descabelando os cachinhos dos cabelos passeando pela pracinha e não se dá conta que é o acervo do sonho de liberdade do João.
Ele, a mantém presa nos grilhões do seu pensamento, grilhões dourados... Ah sim... Grilhões dourados a lhe oferecer o brilho do sol.
Ainda bem que Maria não tem conhecimento nenhum, para discernir o caminho do vento que ora venta no sul ora venta no norte.
E assim vai se vivendo.
O João abrindo as janelas.
E a Maria desfrutando o vento que descabela,
os cachinhos do seu cabelo .
Livre que é, e feliz que supõe ser.
Maria apenas não compreende um poema que leu escrito pelo ilustre Mario Quintana.

“Da velha história”

A história de Pia e Pio.
Deste modo se passou.
Tanto ele a perseguiu.
Que um dia ELA o apanhou.
(Mário Quintana)





E o João? Já leu?
Este conto foi Maria quem escreveu. Eu apenas publiquei.
Que sorte!






Imagens Google.