A Espingarda de Carne
A Espingarda de Carne
Por Ramon Bacelar
Acordou disposta. De postura ereta e vontade rígida, saiu a caça: cortou caminhos, descobriu atalhos e com a retina incomodada por um vislumbre negro, o conhecimento
lhe veio a mente por um leve inchamento em sua já pulsante e inchada cabeça vermelha: tinha alcançado o Vale da Floresta Negra. Começou pela unha cujo contato com a pele fina lhe provocou um estremecimento que percorreu seu corpo cilíndrico culminando no esticamento do saco escrotal. Explorou as pernas, subiu ao joelho e alcançando a região interna das coxas, pulsava de inquietação e excitamento. Com o líquido clitórico
lhe servindo de estímulo adicional alcançou as imediações da floresta. Munido de um ímpeto rígido desbravou a escura, úmida e deliciosa mata fechada antes de alcançar a área clitórica. Explodindo de tesão e felicidade, o organismo pulsante adentrou o universo de carne, mas mal tocando suas paredes úmidas e carnudas explodiu de excitação decorando-a com infinitos adereços de uma misteriosa e pegajosa
substância de textura ectoplásmica conhecida como esperma. Esmoreceu.