MÃE
Olho aquele rosto perdido no meio do nada . Alguém sem lembranças, sem futuro ? Seria a sua vida um eterno agora ? Ela abre a boca e me chama pelo nome do meu tio . Saberá ainda quem é ou o que foi ? A doença dissolveu-lhe as fantasias ? A mente virou uma tabula rasa ? Varreu-se de vez o salão das suas memórias ? Pobre mãe ? Feliz mãe ? Pelo sim pelo não, vertí no copo o cianureto.