A IRA DE RAPUNZEL
Vestia-se com olhos vidrados na janela da torre. Podia ser agora. Já!...Ele chegaria com seu cavalo branco e belos cabelos negros. Não era assim a história? Sim! Ele seria seu grande herói; por isso jogaria suas longas tranças; enfrentaria o tanque, sogra, crianças chorando, pilhas de louças e Domingão do Faustão...qualquer coisa para sair dali!
Mas ele não veio naquele dia. Nem no outro. Nem ao cabo dos quarenta anos.
Foi então que se amou pela primeira vez. Pediu um cabeleireiro, raspou careca!