SOB O MESMO TETO
No cinzeiro, dois cigarros. Longas brasas, breves discussões. Ela tragava mágoas, desordens, rejeições. Ele observava a fumaça e seus desenhos tão confusos. Fazia um mormaço entre quatro paredes; havia tempo onde tudo já não havia. Nem o abraço, nem perdão, nem o absoluto e o inesperado. Nenhuma delicadeza onde caberia.
Foram dois maços, quatro filmes e muito medo de ser o agora a morte do final feliz.
Exaustos e desistentes, dormiram juntos. Nunca antes, tão loucamente separados.