Sou Um Conto
Meu prefácio? Não sei se tenho sentido; pouco me importa ter razão. Só quero liberdade; embaralhar meus elementos, soltar a imaginação. Sou um conto, meta-conto; vou contar a minha história: sou um conto mini duvidoso -- só o minimalista já encomprida toda a história, não? Short short-story! A moda agora é mais um short. E por isto vou de vestido ou saia mini. Meu autor ou autora -- se não sou erótico, pouco me importa o sexo -- fez-me mini, pensou-me claro; saí obscuro. Largo, ao invés de curto; pesado e denso em lugar de leve, ‘desopilado’. Vou lhe contar uma coisa: é duro ser protagonista, é duro ser um conto. Sabe por quê? Mil autores vezes teorias dá goooogóis de opiniões! Está certo que existem padrões... Meu conflito, meu problema, é que todos querem inovar, uns dão voltas e mais voltas e nunca saem do lugar, e outros fogem dos padrões (que certos literatas ditam -- estes sim, meus antagonistas. Seriam mesmo?!) Não, não sou rancoroso, nem mal humorado; amargo, muito menos. Sou, no fundo, um grande palhaço, e livre por natureza -- “Mas que beleza! Mas que beleza!” Estou passando do meu meio, me aproximo do final: Sabe o que acontece quando se tenta prender o verbo? Tente prender o vento, daí vai saber como é que é. E quer saber do meu epílogo? Minha história não tem desfecho! Por isso corto aqui o enredo, saio de fininho e à francesa -- saída pela direita! -- ou por onde mais (e quando) você quiser!
Revisado em: 17.09.2010