FALANDO DA VIDA ALHEIA!
Pessoa, recem chegada aprumada e de bom papo,
por aqui foi se chegando, se fez simpático e arrojado.
Puxou uma cadeira, no meu recinto de vendas,
e se pos a prosear.
falou de tão velhos sonhos, muitos deles realizados
outros nem realizáveis, são.
Dos amores e desabores, filhas adultas ele tem.
Um casamento desfeitos, sem vícios e poucos defeitos
pode colher sentado os louros, porque no banco
depositou seus valores.
O extrato a mim mostrou poderia ser da Quina um ganhador.
Perguntou-me de certa moça, que morena se fez loura
cuja mãe e pé de cana, assim como o companheiro.
Rebentos 4 pequeninos, o maior de 7 anos.
Uns 30 ela tem!
Sei por conta do alheio, que em passado não distante,
ocupou ela e a mãe, o bilau do aposentado;
por merrecas e comida, tratava-se de visitas certeiras e periódicas.
Até que o velho, morreu!
Doutras tantas, ainda se houve...
Oferta do dia anuncia,
diz que é pra comprar o feijão
Quem quizer, que se habilite
e atende a domícilio
Mais, o coitado do amigo, que recém chegado é,
da polícia é reformado; cego e apaixonado,
dominado pelo amor:
esclarecido, macaco velho - ele diz ser.
Apaixonou-se da moça, de encantos duvidosos,
atitudes de muita sanha, e atos libidinosos
que a ve, cre não ser capaz.
Por aqui, todos já sabem conhece bem a danada
entre risos e piadas, indiretas e chacotas
dizem ao apaixonado - cuidado rapaz...
Nem assim ele se zanga, de amor está vidrado,
tomara a morena loura, perceba que a mão do destino
a ela procurou, e quem sabe...
aqui no recanto, em breve, "Falando da Vida Alheia"
vou relatar sem rima,
que o casal enamorados, vivem felizes...Para sempre!